o mistrio latente no olho de um coelho. passar algumas impresses rpidas primeiro: cada quadro como um momento roubado esttico minucioso em cada impreciso. enfrentando o medo tentando no apodrecer e conservar o corao no peito. a escola como um verdadeiro ecossistema suscetvel a ordens e desordens respirando por seus poros por suas rvores hortas pela voz de suas crianas. mundana mstica mas sempre sugestiva seja nos espaos comuns em que a chuva cai ou em seus andares secretos. aterrorizado por Eles e descrente com o lado de l tachibana se v entre duas figuras importantes. susuki um quase amigo que no o entende bem mas gosta dele. e sasaki ou qi seu similar mais velho e bem versado que usa das palavras para Explicar. cada um representa uma alternativa para o peculiar tachibana apontando caminhos distintos para se relacionar com o mundo de que alienado. com o primeiro estabelece uma conexo sentimental entre dois sujeitos. afinados no por serem iguais susuki no um excepcional como tachibana meu boletim cheio de bs ele repete. o elo que une um ao outro tambm o que une os dois ao mundo: uma preocupao com as flores com o zelador com o som da gaita com o espao da escola com a sugesto quando eu olho pros avies sempre me pergunto de qual lugar eles esto vindo. observando tachibana susuki tambm percebe o que ningum mais percebeu. J qi veterano excntrico e solitrio olha para o jovem tachibana e busca esclarecer explicalo o que se passa em seus sentidos. desencantar essas figuras que povoam seu mundinho. a escola sua jaula superstar sua vontade os seres de l seus medos. e suas vises freud explica. no meio disso est nosso garoto j para alm de uma dvida radical. tudo que voc escuta com os ouvidos mentira tudo que voc v com os olhos no passa de iluso. buscando uma base perdida. uma porta preta no fim do escuro. h um tema recorrente na histria repetido pelos adultos de que os mais velhos devem ser responsveis se portar bem como figuras exemplares posto que os mais novos se espelhariam neles. que essencial para a manuteno da ordem. em um momento frente a um professor desnorteado que perdera o controle de sua turma o vicediretor sugere que o real perigo no so as crianas ss como tachibana deixadas ao relento mas sim as que se unem. noutro ponto uma professora confidencia desgostosa ao jardineiro que as crianas de hoje seus alunos as parecem aliengenas. naturalmente a professora j foi criana. frequentou a escola. e em seu tempo olhou para os mais velhos com admirao. e eventualmente foi admirada. e o tempo passou. ora esse desconforto essa alienao que a professora sente ao tratar com seus alunos no deixa de ser em ltima instancia uma questo pessoal sua. um reflexo da alienao de sua prpria infncia. conforme coloca zaza a nica distncia possvel da infncia o seu esquecimento. e ela se esqueceu est podre e seu crebro ficou duro que nem pedra. no consegue compreender os pequenos. e como uma boa reacionria opera antes de tudo sobre um instinto de autopreservao. como viemos parar aqui se pergunta e se antagoniza s crianas assim como o vicediretor. tornouse covarde. isso que tachibana teme. em contraste figura do gantz o zelador velhinho de carne e osso observador nato. eventualmente ele revela a susuki que tachibana no o primeiro de seu tipo. ao que parece esses solitrios hipersensveis e profundamente imaginativos so partes essenciais da natureza daquele microcosmo. surgindo um aps o outro em diferentes contextos tempos e espaos independentemente. e falando das mesmas coisas vendo o que ningum mais v. interessados na ordem de seu espao. solitrios mas profundamente empticos. eventualmente se esquecem do que viram. mas surgem outros. como as flores que florescem ao acaso. e que no falham em ter consigo a verdade que uma flor tem ao florescer.
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